Dinheiro pode ser usado para cobrir seguro-desemprego
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— Achamos
que o BNDES precisa ser informado sobre a possibilidade de resgate dos
recursos para se programar — disse o presidente do Codefat, Quintino
Severo, que é representante da CUT.
A situação financeira do FAT
foi discutida nesta quarta-feira pelo Codefat e, segundo o presidente do
Conselho, os representantes do Tesouro não sinalizaram aumento dos
aportes. Relataram apenas que o governo está preocupado com a economia
e, neste momento, finalizando os ajustes no Orçamento da União.
Severo
destacou que o resgate dos recursos aplicados no BNDES não é a melhor
solução, porque afeta o patrimônio do FAT. Ele defende que o Tesouro
Nacional proponha uma alternativa. De acordo com dados do boletim
financeiro, o patrimônio do Fundo está em R$ 209,6 bilhões, sendo que
70% (cerca de R$ 140 bilhões) desse valor estão aplicados na
instituição.
A Constituição determina que 40% das receitas do FAT
sejam repassadas anualmente ao BNDES para financiar investimentos em
infraestrutura. O banco remunera o FAT com base na Taxa de Juros de
Longo Prazo (TJLP), mas o retorno dessas aplicações não tem sido
suficiente para cobrir as despesas do Fundo.
FGTS na Justiça
O
partido Solidariedade entrou nesta quarta no Supremo Tribunal Federal
(STF) com uma ação direta de inconstitucionalidade, pedindo a suspensão
do uso da Taxa Referencial (TR) na correção das contas do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Em substituição, o Fundo seria
corrigido com base nos índices de inflação. O ministro Luís Roberto
Barroso foi sorteado para relatar o processo. O julgamento não tem
previsão para acontecer. Hoje, juízes e tribunais de todo o país julgam o
tema de forma díspar. A decisão do STF poderá unificar o entendimento.
A ação questiona a aplicação da TR a partir de agosto de 1999 na correção das contas. Segundo o partido, as perdas com o uso desse índice chegam a 88,3% para cada trabalhador. “A referida taxa de correção apresentou defasagem a partir do ano de 1999, devido a alterações realizadas pelo Banco Central do Brasil. E mais: esta defasagem só se agrava com o decorrer do tempo, diante da constante redução da Selic, a taxa básica de juros”, argumenta o Solidariedade.
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