10 mulheres são assassinadas por dia no Brasil
No Brasil, uma média de 10 mulheres são assassinadas por dia. Pelo menos é o que constata o “Mapa da Violência 2010 – Anatomia dos Homicídios no Brasil”, do Instituto Sangari. No qüinqüênio 2003/2007 foram registrados 19.440 homicídios de mulheres, segundo dados do Subsistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde, que faz uma tabulação nacional das Certidões de Óbito.
Embora as estatísticas apontem uma redução dos casos, para a UGT (União Geral dos Trabalhadores) esses números são alarmantes, na opinião de Ricardo Patah, presidente nacional da entidade. “Lamentamos profundamente que isso ainda venha ocorrer num país que sonha ingressar no chamado Primeiro Mundo”.
O diagnóstico aponta uma média nacional de 4,2 homicídios em cada 100 mil mulheres. Dos 5.564 municípios existentes de acordo com o IBGE, 51,9% (2.886) não registraram nenhum homicídio feminino nesse período. E não são municípios de pequeno porte, onde pelo baixo volume populacional a ocorrência é menos provável.
São também municípios de porte médio como Bragança, no Pará, ou São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, com aproximadamente 100 mil habitantes, que o sistema não registra nenhum homicídio feminino entre 2003 e 2007. “A UGT , como central sindical cidadã, ética e inovadora, defende uma segurança pública como um direito essencial para que a pessoa possa desfrutar de uma condição de vida com liberdade e cidadania”, salienta Patah.
O município de São Paulo tem uma população de 11.104,7 milhões dos quais 5.855,2 milhões são mulheres. Do total de 17.446 homicídios registrados entre 2003/2007, 1.373 foram de mulheres, que representa uma taxa de 4,7 homicídios por 100 mil habitantes. Mas, o levantamento do Instituto Sangari aponta Jurema(MT), com 6.600 habitantes, como o primeiro dos 5.562 municípios brasileiros, com taxa de 139 homicídios(entre homens e mulheres) para cada 100 mil habitantes.
O levantamento diz que, enquanto os homens morrem em ambientes externos, como brigas ou acidentes de trânsito, as mulheres morrem dentro de suas próprias casas. Estudo do Cohre (Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos) realizado no Brasil, Argentina e Colômbia consta a dependência econômica como principal causa mencionada por elas para romper uma relação violenta.
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