O presidente da CUT no Rio de Janeiro, Darby Igayara,
e o pesquisador do Ipea Paulo Tafner discutem o projeto de lei que visa incluir
a expectativa de vida do trabalhador para calcular o acesso à
aposentadoria.
Em breve, os parlamentares poderão votar o fim do fator previdenciário, que facilita o acesso à aposentadoria ao considerar apenas a soma da idade e do tempo de contribuição dos trabalhadores. Mas o modelo que está em discussão no Congresso Nacional leva em conta, além da idade mínima e do tempo de contribuição, a expectativa de vida no momento em que o trabalhador pede a aposentadoria.
Para o economista Paulo Tafner, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com a expectativa atual de vida dos brasileiros, os trabalhadores podem, em alguns casos, receber durante mais tempo do que contribuíram. “O Brasil tem um sistema magnífico de cobertura, cobre quase 100% da população idosa. Por outro lado, acho inaceitável que pessoas ainda hoje se aposentem com 48, 49 ou 50 anos quando elas vão viver até os 80. Então elas vão ficar tanto tempo recebendo quanto trabalharam e contribuíram. E algumas vezes vão receber durante mais tempo do que contribuíram. Não há uma matemática que feche isso. É necessário fazer um novo equilíbrio, como, por exemplo, estabelecer idades para a aposentadoria, como a grande maioria dos países faz”, declara.
Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio de Janeiro, Darby Igayara, com o cálculo da aposentadoria associado à expectativa de vida, muitos trabalhadores podem não chegar a usufruir os benefícios da aposentadoria. “O pobre e o jovem que ingressam no mercado muito cedo são pessoas que vão ter que trabalhar muito mais, vão ter que ter condições psicológicas e de saúde para se manter no mercado de trabalho. A pressão hoje é intensa, tanto física, quanto psicologicamente. As pessoas nem se quer chegam a se aposentar porque elas acabam morrendo antes ou ficando internadas, ou inválidas. É um problema social”, diz.
Link original da matéria: http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2012/12/acho-inaceitavel-que-pessoas-se-a ...
Em breve, os parlamentares poderão votar o fim do fator previdenciário, que facilita o acesso à aposentadoria ao considerar apenas a soma da idade e do tempo de contribuição dos trabalhadores. Mas o modelo que está em discussão no Congresso Nacional leva em conta, além da idade mínima e do tempo de contribuição, a expectativa de vida no momento em que o trabalhador pede a aposentadoria.
Para o economista Paulo Tafner, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com a expectativa atual de vida dos brasileiros, os trabalhadores podem, em alguns casos, receber durante mais tempo do que contribuíram. “O Brasil tem um sistema magnífico de cobertura, cobre quase 100% da população idosa. Por outro lado, acho inaceitável que pessoas ainda hoje se aposentem com 48, 49 ou 50 anos quando elas vão viver até os 80. Então elas vão ficar tanto tempo recebendo quanto trabalharam e contribuíram. E algumas vezes vão receber durante mais tempo do que contribuíram. Não há uma matemática que feche isso. É necessário fazer um novo equilíbrio, como, por exemplo, estabelecer idades para a aposentadoria, como a grande maioria dos países faz”, declara.
Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio de Janeiro, Darby Igayara, com o cálculo da aposentadoria associado à expectativa de vida, muitos trabalhadores podem não chegar a usufruir os benefícios da aposentadoria. “O pobre e o jovem que ingressam no mercado muito cedo são pessoas que vão ter que trabalhar muito mais, vão ter que ter condições psicológicas e de saúde para se manter no mercado de trabalho. A pressão hoje é intensa, tanto física, quanto psicologicamente. As pessoas nem se quer chegam a se aposentar porque elas acabam morrendo antes ou ficando internadas, ou inválidas. É um problema social”, diz.
Link original da matéria: http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2012/12/acho-inaceitavel-que-pessoas-se-a ...
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