Sindicatos brigam para que o Salário Mínimo chegue a R$ 580,00
SÃO PAULO - Depois de uma manifestação no vão central do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, na qual pediram que o valor do salário mínimo seja fixado em R$ 580, as centrais sindicais protocolaram na Justiça Federal uma ação civil pública com pedido de liminar para que o governo federal reajuste a tabela de cálculo da alíquota do Imposto de Renda.
Durante os discursos, dirigentes das duas principais centrais sindicais do país, CUT e Força Sindical, criticaram a falta de diálogo da presidente Dilma Rousseff para negociar o valor do novo mínimo, que o governo quer fixar em R$ 545,00.
"Nós estamos bastante insatisfeitos com esse modelo que ela está adotando. Esse medo de se reunir com as centrais... Primeiro, nós não somos inimigos dela, ainda. Mas, do jeito que vai indo, você vai criando um clima no meio dos trabalhadores de que o modelo mudou, de que há um governo que não conversa com os trabalhadores", criticou o presidente da Força o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, que ainda advertiu: "Cuidado, Dilma, o Fernando Henrique começou assim, .não corrigiu a tabela; Foi o primeiro erro dele. Ninguém está botando a faca no pescoço, mas espero que esta seja a última manifestação".
O presidente da CUT, Arthur Henrique, foi veemente nas críticas à presidente, acusando-a de querer implantar a política dos adversários políticos derrotados nas eleições de 2010. "A presidente Dilma está rodeada de alguns economistas que querem implantar a agenda dos derrotados na eleição, falando em redução de custo, falando em redução de custeio do governo, falando de diminuição do papel do estado,(esquecendo-se) nesse momento que o salário mínimo é um poderoso instrumen-to de distribuição de renda", disparou o presidente da CUT.
Além da CUT e da Força Sindical, estavam presentes ao ato, que reuniu aproximadamente mil pessoas pela manhã, representantes da Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST).
Fonte: Jornaldo Comércio dia19/01
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