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UGT PROMOVE ENCONTRO EM RECIFE E LANÇA LIVRO

Parte I

Mais investimentos para a melhoria da educação em Pernambuco e o papel do novo sindicalismo nos rumos de desenvolvimento do País. Esses foram os principais pontos debatidos durante o evento organizado pelo Movimento sindical dos Trabalhadores (UGT), no Recife, na tarde da última sexta-feira. Batizado de uma agenda democrática de desenvolvimento para o Brasil, o encontro contou com a presença de cerca de 200 pessoas no auditório do Recife Praia Hotel, que assistiram a palestras e seminários proferidos por acadêmicos, representantes sindicais e políticos do Estado. Entre os convidados para compor a mesa organizadora, o candidato a senador da República pela coligação Pernambuco Pode Mais, o deputado federal Raul Jungmann (PPS).


Restando nove dias para as eleições gerais, Raul Jungmann conclamou a plateia formada por estudantes universitários e membros de diversas organizações sociais a repensar a função da ação sindical. Jungmann destacou os “avanços sociais” alcançados pela luta organizada dos trabalhadores e atribuiu à institucionalização do movimento como “um dos pilares essenciais do regime democrático”. Para o deputado, houve uma modernização da pauta sindical, que hoje não se restringe a “apenas (discutir) o rumo do sindicalismo brasileiro, mas também da própria agenda de reformas de desenvolvimento do Brasil”.

Mas nem tudo foi motivo de elogios da parte de Jungmann. No decorrer de sua explanação sobre o momento econômico que Pernambuco atravessa, Jungmann mostrou a que veio. Agora já em tom de postulante a uma cadeira no Senado Federal, foi um ferrenho crítico do atual modelo educacional do Estado, o que considera um dos maiores entraves para o desenvolvimento sustentável. “Nos últimos dados do Ideb (Índice do Desenvolvimento da Educação Básica) aponta para uma realidade triste do nosso Estado. A nossa meta para 2021, ou seja, para daqui a 11 anos, é chegar ao que São Paulo teve em 2009”, comparou, aproveitando a ocasião para citar propostas para área, num eventual mandato na Casa Alta. “Vou ampliar o números de escolas integrais e equipá-las; levar para todos os estudantes o acesso à rede; e melhoria salarial dos professores, acompanhada da capacitação profissional”, prometeu.

Um olhar um pouco mais otimista sobre a temática tem o professor de economia e consultor do Sebrae-PE, João Cavalcanti. Apresentando a palestra cujo tema fala do crescimento econômico e distribuição de renda, declarou-se confiante às perspectivas do desenvolvimento econômico pernambucano. “É uma taxa de crescimento chinesa”, destacou. Cavalcanti, no entanto, foi mais ponderado quanto à capacidade de inserção de mão-de-obra pernambucana, sobretudo nos novos empreendimentos que aportam em Suape e no Território Estratégico. “Pernambuco tem média de qualificação muito baixa, e isso é ainda um dificultador no ingresso dessas pessoas nesse mercado de trabalho”, disse.

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